Empoleirados nas estantes
Em espaços exíguos
Milhares de livros
Lutando uns contra os outros
Por sua sobrevivência
E disseminação
Com cores exuberantes
Em capas vistosas
Chamarizes para incautos
Olhos tenros e apetitosos
A quem suas idéias contidas
Da prisão da ignorância
Livraria
Mas os olhos correm ligeiros
E os ouvidos estão atentos
A todo o caro e sedutor
Ambiente áudio-visual
E às paqueras de ocasião
E às conversas no café
Com comadres de adulação
Empoeirados nas estantes
Apesar dos esforços
Observam mudos e consternados
Serem ignorados pela ignorância
E ao progresso da barbárie